Dietas restritas: como evitar a estagnação da perda de peso

2019-07-27T14:30:26-03:005 de abril de 2019|Cálculo da dieta, Estrategias dietéticas|

Um dos objetivos mais buscado por pessoas fisicamente ativas é a redução de gordura e definição corporal. Porém o caminho nutricional e metabólico para tal efeito se mostra bem complexo e diferente entre os indivíduos. Partindo do principio que o consumo calórico deve ser menor do que o gasto corporal, esse efeito faz com que o corpo busque suas reservas corporais de gordura para produzir energia. Então, como evitar a estagnação da perda de peso em dietas restritas?

Termogênese adaptativa ou Efeito platô nas dietas restritas

Porém, existe um ajuste do sistema nervoso central na deficiência calórica, que envolve a redução de leptina, testosterona e hormônios tireoidianos, e consequentemente a taxa metabólica basal, fazendo com que o processo de emagrecimento diminua ou pare de acontecer, chamado termogênese adaptativa ou efeito platô (1).

Outro ponto importante é o tipo de mistura de macronutrientes contidos na dieta e sua influência na perda de peso, como por exemplo: a restrição aguda de carboidratos mostra-se eficaz para a redução peso corporal a partir de água corporal estocada em conjunto com o glicogênio nos tecidos, entretanto, infelizmente isso não tem relação com a perda de gordura corporal. O aprendizado é que quanto maior é a restrição calórica, menor é a adesão do paciente a dieta, além de ocorrer episódios de compulsão alimentar, que atrapalham no processo de emagrecimento (2).

Aderência à dieta

Nas pesquisas mais recentes, é demonstrado que perante a restrição calórica, existe a necessidade de ajustar a oferta proteica com objetivo de evitar ou reduzir a perda de massa muscular, no processo de emagrecimento, chegando a 3,0g/kg/dia e claro, tudo isso associado ao treinamento físico. Outros objetivos como o efeito de saciedade (via GLP-1) e o efeito termogênico das proteínas (processo digestivo), ajudam no emagrecimento.

Em uma consulta com o nutricionista, o cálculo e prescrição da dieta vai passar pelos processos:

1: Ajuste do consumo calórico total individualizado e o gasto do treinamento físico;
2: Distribuição de carboidratos e lipídios na dieta conforme o biotipo corporal e porcentagem de gordura;
3: Aumento, distribuição e “nutrient timing” proteico ao longo do dia para evitar perda de massa muscular.
4: Manutenção do processo crônico, para que a dieta se torne um estilo de vida.

Referências:
1) Trexler et al. Journal of the International Society of Sports Nutrition 2014, 11:7.
2) Leidy HJ, Clifton PM, Astrup A, et al. The role of protein in weight loss and maintenance. Am J Clin Nutr 2015;10:1320S-1329S.
3) Jäger et al. Journal of the International Society of Sports Nutrition (2017) 14:20.

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